A BAILARINA DE AUSCHWITZ

Se existe um livro perfeito pra ser lido durante essa pandemia, é o autobiográfico A BAILARINA DE AUSCHWITZ de Edith Eva Eger.

O livro conta sobre sua experiência em Auschwitz, sua trajetória de superação e de auto-conhecimento.
Nascida na Hungria, foi bailarina e ginasta, e aos 16 anos enviada à Auschwitz com sua família. Seus pais foram mortos na câmara de gás, mas ela e a irmã sobreviveram. Edith foi encontrada pelos soldados americanos em uma pilha de corpos dados como mortos.

Edith conta em seu livro que em certo momento, já no campo de concentração, o Dr. Mengele lhe deu ordem para dar piruetas ao som da valsa “Danúbio Azul” e, em troca recebeu um pedaço de pão! Foi aí que percebeu que quando você perde tudo, se tranca em si mesmo e acaba aprendendo que “ninguém pode afetar você sem que você permita”.

“No campo de concentração, tudo o que tínhamos era um ao outro e tivemos que nos comprometer a formar uma família de presos. Aquele que pensasse somente “eu, eu, eu” não conseguiria sobreviver em Auschwitz.” Mas ela sente que hoje as pessoas estão muito individualistas e não questionam a veracidade das coisas. Todo mundo tem direito à liberdade de expressão, mas isso não quer dizer que você esteja certo, temos que desistir dessa obsessão de estarmos sempre certos. É preciso parar de reclamar e fazermos a pergunta: o que eu posso fazer para a melhoria da humanidade?”

Edith escolheu que na vida não existem problemas, mas sim desafios, e apesar de ter sofrido com os sintomas de estresse pós-traumático até os 50 anos, quando iniciou um longo processo de cura, diz ter muito orgulho de sua herança judaica porque seus ancestrais não desistiram, eles disseram: “isso é temporário e podemos sobreviver”.

Sua obra aparece no topo da seleção de leituras sugeridas durante a pandemia por ninguém menos que Bill Gates.
“A Bailarina de Auschwitz”, Editora Sextante.